quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Educação ambiental é brincadeira em escola


Educação ambiental é brincadeira
Projeto de escola infantil ensina crianças a reaproveitar materiais e descartar lixo corretamente
Fabiano Ormaneze ESPECIAL PARA A AGÊNCIA ANHANGUERA
fabiano.ormaneze@rac.com.br
Quando crescerem, a chance dos alunos do Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) Leonor Motta Zuppi, de Barão Geraldo, se tornarem embaixadores do meio ambiente é grande. Isso porque, até mesmo envolvendo os bebês, a unidade criou um projeto de educação ambiental que mostra a importância do reaproveitamento de materiais, da reciclagem, do plantio orgânico e do descarte correto de poluentes.

O garoto de 3 anos até tem nome que lembra equilíbrio com o meio ambiente: Eduardo Zen é uma das 120 crianças que frequentam a creche diariamente. Na grade curricular, com o mesmo peso das outras práticas, há um espaço determinado, todas as semanas, para atividades no jardim e na horta da escola. Ele adora regar as plantas. Pelo sorriso que

estampa no rosto, o exercício tem, para ele, a mesma graça de usar o balanço ou o escorregador da escola. Incentivado pelo jardineiro Sebastião Martins Vital, ele também faz questão de ajudar na preparação do solo.

A ideia do projeto de sustentabilidade aplicado na unidade surgiu a partir do programa Horta nas Escolas, da subprefeitura do distrito de Barão Geraldo, que disponibiliza o profissional para o plantio e a manutenção de canteiros que produzem parte das verduras e dos legumes utilizados nas refeições das crianças. “A cada ano, nós vamos adaptando e incluindo novas atividades”, diz a professora Alessandra Quaresma Prado Gonçalves, umas das responsáveis pelo projeto na escola. Eduardo e os colegas saem para a aula de meio ambiente animados. Seo Sebastião já dá a dica. “Vamos fazer o papá das plantas”, diz, se referindo à compostagem. Todos os restos de comida são armazenados em grandes tambores todos os dias após as refeições. As próprias crianças já sabem que a comida que sobrar no prato deve ser colocada num balde especialmente dedicado a isso. Depois, tudo é misturado com a terra e a grama cortada, além de folhas e gravetos, coletados pelo jardim. Nessa hora, as crianças já sabem o que têm de fazer: vão ao monte e cada um enche a mão com um pouco de cisco, traz, joga sobre os restos de frutas e legumes. Seo Sebastião, em seguida, mistura tudo, com a ajuda de uma enxada, ensinando que, depois de cerca de dois meses, a mistura pode servir de adubo para os canteiros. “A planta também precisa de comida para crescer, como nós”, diz Eduardo. Ivan Reiter também tem 3 anos e gosta de encher o regador para regar as mudas de alface e couve que ele e os colegas plantaram. “Cuidar do meio ambiente é cuidar do mundo da gente”, explica. Os pequenos ambientalistas da escola também já tiveram aulas sobre equilíbrio ecológico, que mostrou que todos os seres vivos têm a sua importância

para o meio ambiente e que há formas menos poluentes e mais saudáveis para acabar com as pragas que podem aparecer nos plantios, sem usar veneno. Um exemplo disso está numa antiga jabuticabeira plantada na escola e que já se tornou símbolo de preservação. No período em que os frutos começam a se formar é feita uma pulverização à base de água e folhas de fumo. “É a natureza resolvendo os seus próprios problemas”, ensina Seo Sebastião.
Reciclagem
A reciclagem é outro ponto enfatizado no trabalho da escola. O espantalho criado para a horta foi confeccionado com garrafas pet, palha e cabos de vassoura quebrados. Além disso, entre as atividades das crianças, está também a hora da brincadeira e todos são estimulados a criar opções de brinquedos a partir da reutilização de plásticos e papéis. Um pote de sorvete, por exemplo, puxado com um barbante e decorado com canetas coloridas vira facilmente um caminhão. Aí é só colocá-lo sob o comando dos garotos que eles mesmos recolhem as folhas e a grama seca pela escola para levar à área de preparação da compostagem. Nas salas de aula, o trabalho com meio ambiente continua com o uso de jornais: todos os dias, os professores desenvolvem a interpretação de imagens sobre meio ambiente com as crianças. Boa parte acaba virando cartazes.
Resultados
Alessandra percebe no comportamento das crianças e nos comentários dos pais os resultados do projeto. De acordo com ela, é raro uma criança jogar qualquer coisa que deveria ir para o lixo no chão ou então misturarpapel com plástico ou vidro na hora do descarte. Como no almoço são servidos, no mínimo, uma verdura e um legume, sempre que possívelcolhidos na própria horta, os pais relatam que os hábitos alimentares das crianças também melhoraram em casa. “Eles ficam ansiosos para ver que, por exemplo, a cenoura ou a couve que eles plantaram e viram crescer virou alimento. Essa é a forma de ensiná-los a preservar, ter hábitos sustentáveis e saudáveis”, explica a professora.
Quatro escolas participam do programa no distrito
O programa Horta nas Escolas, da subprefeitura de Barão Geraldo, é uma parceria com as Centrais de Abastecimento de Campinas (Ceasa), que cede mudas e sementes para o plantio, além de contribuir com informações prestadas por um engenheiro agrônomo. No momento,
quatro escolas do distrito participam do projeto. Além do Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) Leonor Motta Zuppi, há atividades semelhantes na Escola Estadual José Pedro de Oliveira, e nos colégios municipais Cristiano Ozório e Agostinho Pattaro. O jardineiro Sebastião
Martins Vital fica dedicado ao serviço das unidades participantes. (FO/AAN)
SAIBA MAIS
O Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) Leonor Motta Zuppi criou um blog para divulgar suas atividades e falar de sustentatibilidade:

www.cemeileonor.blogspot.com.

Cemei amplia atividades para pais e moradores
Satisfeitos com os resultados do projeto de sustentabilidade desenvolvido com as crianças desde 2007, a partir deste ano, o Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) Leonor Motta Zoppi, em Barão Geraldo, expandiu suas atividades para envolver e incentivar também atitudes
sustentáveis dos pais e dos moradores da região. Logo na entrada da escola, foram instalados latões para a coleta de materiais recicláveis, além de uma lata para o descarte de óleo de cozinha já utilizado que, em vez de ir para o ralo, é enviado a uma cooperativa. Também na entrada está um ponto de coleta de pilhas e baterias. A escola também desenvolve o projeto Escola Aberta em que os pais são convidados a ir até a unidade e conhecer as atividades. Num desses encontros, já foram distribuídas mudas e, em outro, pais e filhos fizeram juntos plantios no jardim e na horta. O próximo desses encontros será no dia 2 de setembro. (FO/AAN)

Educação ambiental é brincadeira em escola

Educação ambiental é brincadeira em escola





Reportagem do Jornal Correio Popular de Campinas em 26 de agosto de 2010.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Congresso Internacional de Pedagogia dos Sentidos

Ziraldo encerra Congresso e reafirma importância da leitura


Com o tema “Literatura, imaginário e sentidos”, apresentado pelo renomado escritor, criador do famoso menino maluquinho, e ganhador de vários prêmios, Ziraldo Alves Pinto, Especialista em assuntos gerais, como se autodefine, Ziraldo falou para uma plateia lotada no auditório do Centro de Convivência Carlos Gomes sobre suas experiências educacionais ao longo de 30 anos de trabalho pelo Brasil.


De todos os assuntos, acho que o que entendo mais é sobre educação. Estou há 30 anos, desde a criação do menino maluquinho, nessa batalha e conheço bem as escolas públicas brasileiras. Tenho idéias que sempre quero e gosto de refletir com os professores, inclusive sobre os deveres do estado brasileiro com a educação.

O livro é o objeto mais perfeito que o homem inventou”, lançou Ziraldo, que afirma não ser um educador nem especialista, mas sim um especulador. Com bom humor e descontração, ele arrancou aplausos dos presentes com ideias simples e contundentes. “É importante inserir a criança na literatura, porque o adulto só vai ler bem se ele leu quando era criança e assim, vai ser uma pessoa melhor e a vida fica mais leve no futuro”, disse.

Ao fim da conferência, Ziraldo fechou sua fala com sua frase mais famosa: “estudar é importante, mas ler é mais importante ainda”.




quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Congresso Internacional de Pedagogia dos Sentidos

Conferência discute reconhecimento de diferenças na educação

Alessandro Azevedo
 Qual o verdadeiro papel do educador?”. Foi com esta indagação que Regina de Fátima Migliori iniciou a sexta conferência “Dimensões Humanas e Neurociências: a educação do ser humano integral”, nesta terça-feira, dia 17 de agosto, dentro do Congresso Internacional de Pedagogia dos Sentidos, promovido pela Secretaria Municipal de Educação, no Centro de Convivência Cultural Carlos Gomes, em Campinas.

Educadora, advogada, pesquisadora em neurociências e doutoranda em Epistemologia e História da Ciência na Universidad Nacional Tres de Febrero de Buenos Aires; escritora e pioneira no Brasil na criação de Programa de Educação e Gestão centrados em Ética, Cultura de Paz e Sustentabilidade, Regina discute a crise no sistema educacional, que segundo a escritora, está diretamente ligada à acessibilidade de todos ao conhecimento, que não se relaciona apenas às questões escolares, mas sim, à diversidade humana.

Faço parte de uma geração que, há 30 anos, quando comecei meus estudos nesta área, era chamada de doida por pesquisar e trabalhar com aspectos relacionados ao ser humano. Mergulhar na natureza humana é o segredo para a construção do bem comum”, afirma.

Para a educadora, o professor não é apenas responsável por transmitir conteúdo, ele deve ter consciência que é um formador do ser humano, ou seja, o educador faz parte de um momento importante conhecido como “processo de autorealização”, que é quando a criança desenvolve suas necessidades iniciais e é amparada pelo educador que é responsável por criar o entendimento do mundo nos primeiros anos de vida do indivíduo, através do entendimento da necessidade da tolerância com o próximo.

Um momento importante do debate foi quando Regina criticou a atual fragmentação da sociedade, que para ela, a longo prazo trará um grande problema aos indivíduos, que estão cada vez mais segmentados. “A sociedade hoje é dividida pela área que estuda, pela cor da pele, pelaclasse social. Inúmeros fatores que causam uma crise de valores que cabe ao educador desmistificar como forma de contribuir para a evolução do conhecimento sobre a vida”.

Congresso Internacional de Pedagogia dos Sentidos

Psicanalista e educadora trata da construção da prática educacional

Como construir em conjunto com a criança a prática educacional. Este foi o tema apresentado pela conferencista Maria Eugênia Camolesi Nabuco na palestra com o tema “Reinventar a prática”, no terceiro dia do Congresso Internacional da Pedagogia dos Sentidos, no Centro de Convivência Cultural Carlos Gomes, na manhã desta terça-feira, dia 17 de agosto.

Psicanalista, professora doutora da Université René Descartes, autora de livros e artigos sobre o assunto, além de ter sido conferencista no Encontros Internacionais sobre Educação Inclusiva e Colóquios sobre os Problemas Sociais da Contemporaneidade-desafio da interdisplinariedade.

Maria Eugênia falou sobre o risco de se perder a criança como sujeito, uma vez aplicado um método errado. De acordo com ela, a individualidade deve ser respeitada, “cada sujeito tem uma identidade que lhe é própria e isso dita as práticas educacionais, tanto da parte do professor quanto do aluno. É preciso se pensar numa prática linear construída através da observação do comportamento” explicou a psicanalista.

Uma questão importante para o debate é que muitos educadores se sentem despreparados para fazer a inclusão, como a discussão sobre a formação do professor para crianças com deficiência. “Eles (os professores) costumam dizer que não estão preparados para fazer a inclusão, não sabem como receber a criança. Essa preocupação também existe na França. É preciso construir novas práticas” afirma.

Para ela, o processo de transmissão do conhecimento precisa partir  de uma relação de interesse, de com troca com a criança. Para ilustrar, a psicanalista trouxe vídeos e fotos do centro (um ateliê) onde desenvolve um trabalho na França tendo a pintura como produção cultural e sentido para o encontro e a socialização.

O anonimato do desejo foi outro tema abordado pela conferencista. A explicação para o termo seria como uma “profissionalização do relacionamento”, quando as relações tornam-se mecânicas e vazias. Isso acontece também nas escolas “As instituições podem ser devastadoras para o ser humano. É preciso pensar como construir uma prática a partir do relacionamento” pondera.
Janaína do Amaral

Congresso Internacional de Pedagogia dos Sentidos

Universo na visão dos mitos é tema de palestra no Congresso de Pedagogia
Pensando o Universo nos mitos e também visto pela Ciência como mais uma ferramenta para levar conhecimentos e ensinamentos para as crianças, o professor Walmir Thomazi Cardoso, comandou a última conferência do segundo dia do Congresso Internacional de Pedagogia dos Sentidos nesta segunda-feira, dia 16 de agosto, no Centro de Convivência Cultural Carlos Gomes.

A Visão do Ser e do Cosmos: Contribuições para a Educação Infantil foi o tema abordado pelo professor do Departamento de Física da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, mestre em História das Ciências e doutor em Educação Matemática pela PUC-SP, que instigou os espectadores presentes com as possibilidades que o céu pode proporcionar a professores e alunos.

O céu é como um quadro negro, onde os professores podem dar aulas, onde podemos enxergar um mundo de possibilidades, os ciclos da natureza, o calendário, a vida cotidiana. Pela contemplação, podemos enxergar a mesma coisa com outros olhos”, afirmou Walmir, que contou várias histórias de mitos da astronomia, que segundo ele, devem ser compartilhadas com os alunos para despertar a criatividade e instigar a imaginação das crianças. “Podemos ir para qualquer lugar, que as crianças vão junto”, disse, sempre com humor acompanhado de melodias entoadas por ele.

Em um segundo momento, o professor falou sobre o universo visto e narrado pela Ciência, que, segundo ele, oferece outras possibilidades a professores e alunos. “As crianças são curiosas e perguntas sobre o começo e o fim podem ser respondidas pela ótica do universo, porque nós também somos parte de estrelas e essa é uma maneira das pessoas terem a dimensão do que são”, explicou.


segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Congresso Internacional de Pedagogia dos Sentidos

 Dia 16/08/2010

A conferência “Petit enfance. Politiques éducatives et pratiques pédagogiques” - “Crianças, Infâncias e Culturas”, com o professor doutor emérito da 'Université Paris Descartes' – Faculdade de Ciências Humanas e Sociais de Sorbonne, Eric Plaisance.


A conferência ressaltou os desafios internacionais da educação junto à pequena infância. Segundo Plaisance entende-se como pequena infância, a faixa etária de 0 a 6 ou 7 anos, período ligado à obrigação escolar. “A pequena infância é uma construção cultural variável, no tempo e na cultura, que classifica o desenvolvimento humano. O desenvolvimento é cultural”, explica.

O professor expôs a situação educacional da França, voltada à pequena infância, onde 100% das crianças de 3 a 5 anos frequentam o maternal. O país, que tem uma taxa de fecundidade de duas crianças por mulher, também sofre com a falta de vagas nas creches. Com 80% das mulheres entre 25 e 49 anos trabalhando, as crianças são colocadas nas creches, o que gera o déficit.

Para o Plaisance, fazer economia na educação é um absurdo. “Para cada 12 crianças, entre elas, crianças com alto grau de dificuldade de aprendizagem, deveriam existir dois profissionais dedicados”, defende o professor. “A educação inclusiva é resultado de um trabalho em equipe”, completa.



Congresso Internacional de Pedagogia dos Sentidos

Dia 15/08/2010
O Congresso, leva a discussão a pedagogia dos sentidos para todo o Brasil. Porque o resgate da educação brasileira deve começar pelo primeiro degrau, que é a educação infantil. Em Campinas, se comemora em 2010, 70 anos de historia da educação infantil, que está diretamente ligada ao desenvolvimento da educação brasileira.
O secretário municipal de Educação, José Tadeu Jorge, ressaltou que o Congresso pretende colocar a pedagogia dos sentidos como referência de um processo educacional que transmite a formação e o caráter do cidadão. “O Congresso também é um espaço de disseminação do conhecimento, estabelecendo discussões teóricas, conceituais, mas também práticas que sirvam de referência para a busca constante de melhoria da educação infantil”, disse o secretário, lembrando que o Congresso é multi, inter e transdisciplinar, com a participação de acadêmicos de várias áreas com contribuições diversas para a educação infantil.

A educadora Maristela Angotti, comandou a primeira conferência do Congresso e abordou o tema: “Educação infantil: para que, para quem e por quê? Novas concepções”.  Maristela falou sobre as possibilidades que a educação infantil pode oferecer como qualidade de vida para a criança e na recuperação dos laços que a educação e a sociedade podem ter.

Para a educadora, é preciso trabalhar a sustentabilidade da vida humana, e a educação tem papel fundamental para entender o ser humano por inteiro, sendo os educadores os responsáveis pela produção de vida, politica, história e cultura. Maristela também ressaltou que as praticas dentro das unidades educacionais devem ser criativas para trazer ludicidade para as crianças, “pois brincar é importante para a infância. Devemos ser mais conscientes e consistentes em nossas ações”, reafirmou.

É preciso recolocar a educação infantil dentro do cenário sócio, político, econômico e pedagógico brasileiro. A educação infantil ganha status com a LDB 9394/96 e com a Constituição, e é uma etapa de direito da mãe e da criança ter um desenvolvimento integral. É preciso pensar o processo de educação infantil que entenda a criança por inteiro, desde os 6 meses de idade”, afirmou Maristela Angotti.


A educadora é pós-doutora em Educação pela Universidade de Santiago de Compostela; doutora e mestre em Educação pela Universidade Federal de São Carlos e graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Atua como professora assistente do curso de Pedagogia da Unesp em Araraquara e é coordenadora do curso de especialização na docência da educação infantil.
Maristela é líder do grupo de pesquisa “Educação infantil: aprendizagem e desenvolvimento profissional em contextos integrados”. Também é pesquisadora do grupo “Contextos integrados em educação infantil”, na USP, e integrante da “Rede de pesquisadores da qualidade em educação infantil”. É autora e coautora de diversos livros na temática educação infantil, e membro do Fórum Paulista de Educação Infantil e integrante do Banco de Avaliadores do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior.
 Ingrid Vogl (Notícias no site da PMC)

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Brincar com a areia





Se não tem espaço para ter uma caixa de areia gigante, esta caixinha pequenina também serve para fazer desenhos, desenhar algarismos e letras. As crianças adoram!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Expressão...

A criança e o desenho

      Por meio do desenho, a criança cria e recria individualmente formas expressivas, integrando percepção, imaginação, reflexão e sensibilidade, que podem então possam então ser apropriadas pelas leituras simbólicas de outras crianças e adultos. O desenho como possibilidade de brincar, o desenho como possibilidade de falar de registrar, marca o desenvolvimento da infância, porém em cada estágio, o desenho assume um caráter próprio. Estes estágios definem maneiras de desenhar que são bastante similares em todas as crianças, apesar das diferenças individuais de temperamento e sensibilidade. Esta maneira de desenhar própria de cada idade varia, inclusive, muito pouco de cultura para cultura.
          De 4 a 5 anos é uma fase de temas clássicos do desenho infantil, como paisagens, casinhas, flores, super-heróis, veículos e animais, varia no uso das cores, buscando certo realismo. Suas figuras humanas já dispõem de novos detalhes, como cabelos, pés e mãos, e a distribuição dos desenhos no papel obedece a certa lógica, do tipo céu no alto da folha.
Alessandra Quaresma

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O Brincar, o brinquedo e a aprendizagem

  A brincadeira (o lúdico) enriquece o processo de aprendizagem. É importante a construção do conhecimento a partir do jogo, da imaginação, do conhecimento do corpo.
         Brincar é vital, primordial e essencial, pois, esta é a maneira que o sujeito humano, na saúde, utiliza para se estruturar como sujeito da emoção, da razão e da relação.
   O brincar e o brinquedo priorizam o desenvolvimento cognitivo.
               Com isso o brincar da criança me permite diagnosticar o estágio de desenvolvimento, os desejos e as necessidades a que se encontra.
              O uso intenso dos diferentes espaços da unidade vai contribuir para ampliar as relações entre pensamento e linguagem das crianças.
              O movimento ajuda a criança a construir conhecimento do mundo que a rodeia, pois é através das sensações e percepções que ela interage com a natureza. É através de sua ação no meio ambiente que a criança pode formular os primeiros conceitos lógicos matemáticos, pois o sentido de tempo e espaço é construído primeiramente no corpo, corpo este que media a aprendizagem. Assim, brincando com seu corpo a criança vai construindo diferentes noções.
               É enorme a influência do brinquedo no desenvolvimento de uma criança.
               É no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva, ao invés de numa esfera visual externa, dependendo das motivações e tendências internas, e não dos incentivos fornecidos pelos objetos externos.
              O conhecimento é construído quando se faz do conhecimento do outro o seu próprio conhecimento. Assim ao brincar pode-se construir simbolicamente e metaforicamente o mundo. É importante destacar que enquanto a criança brinca ela lida com a sua sexualidade, com seus impulsos agressivos, organiza suas relações emocionais e amplia sua linguagem.
Alessandra Quaresma