quinta-feira, 14 de outubro de 2010

sábado, 2 de outubro de 2010

Brasil deve aprovar plano nacional para infância em 2011


30/9/2010 -  Correio do Brasil

O governo federal pode aprovar, em 2011, um plano nacional com políticas voltadas para crianças de zero a seis anos, em áreas como saúde, educação e assistência social. As recomendações, que devem vigorar em todo o Brasil, terão validade de 12 anos.
Dividido em 14 áreas, o Plano começou a ser elaborado em 2007 pela Rede Nacional Primeira Infância e prevê universalizar a educação infantil para as crianças entre 4 e 5 anos até 2016 e ampliar em 40% o número de matrículas para as de até três anos. A ideia é assegurar que todos os municípios tenham um Plano Municipal de Educação e todas as instituições de educação infantil formulem projetos pedagógicos.
Se aprovado, o documento vai exigir que somente professores graduados em pedagogia, ou áreas relacionadas, lecionem na educação infantil, com programas de formação continuada.

Ensinando crianças menores de três anos! A descoberta de um mundo de infinitas possibilidades!


Quando pensamos em crianças pequeninas, a primeira imagem que nos vem à mente é a doçura e espontaneidade que elas nos revelam. O riso fácil e o choro intenso, as bochechas macias e as mãozinhas que tudo querem agarrar, o andar por vezes impreciso, mas decidido em direção do que lhe chama a atenção. A graciosidade da fala, reflexo de sua incipiente habilidade ainda com nossa língua portuguesa. Todas estas características conduzem adultos a imaginarem que muito pouco há que se fazer com essa criança para além da reprodução dos cuidados maternais.
Sua educação, para muito,s deve centrar-se na recreação livre, cercada dos cuidados para com o corpo (alimentação e higiene). Entretanto, este início de nossa vida humana encerra inúmeras possibilidades, constituindo-se em riquíssima fase para o aprendizado e o desenvolvimento biológico, social e cognitivo.

Para saber mais acesse: 

O livro que Lobato não publicou

http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/setembro2010/ju476_pag05.php#
Alguns indícios observados pelo pesquisador levam ao possível desejo de Lobato de publicar a obra no Brasil. Uma delas é o anúncio de Orlando Furioso nas páginas iniciais do livro D. Quixote das Crianças, inspirado na obra de Cervantes e adaptado por Lobato para o público infantil em 1936. O anúncio de que Furioso estaria chegando é feito por Dona Benta, a vovó do Sítio do Pica-Pau Amarelo: ‘Isso mesmo, confirmou Dona Benta, eram os cavaleiros andantes. Depois de lermos Dom Quixote, temos de procurar o Orlando Furioso do célebre poeta italiano Ariosto. E vocês vão ver que coisa tremenda eram os tais cavaleiros andantes (conforme página 16 de D. Quixote das Crianças).

Como encorajar a criança a voar: é o que se debate no Fórum de Educação Infantil

Patrícia Maria Morato Lopes, coordenadora da DGRH, recorreu à imagem das “escolas que são gaiolas e escolas que são asas”, de autoria do escritor Rubem Braga. “As escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo; pássaros engaiolados estão sob controle e o dono pode levá-los para onde quiser. Já as escolas que são asas, amam pássaros em voo. Mas o voo é uma arte que está dentro do pássaro e não pode ser ensinado, só pode ser encorajado. Desejamos ter na Universidade uma educação infantil e complementar que encoraje a voar e transmita à criança os valores necessários para que sustente o seu voo”.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Educação ambiental é brincadeira em escola


Educação ambiental é brincadeira
Projeto de escola infantil ensina crianças a reaproveitar materiais e descartar lixo corretamente
Fabiano Ormaneze ESPECIAL PARA A AGÊNCIA ANHANGUERA
fabiano.ormaneze@rac.com.br
Quando crescerem, a chance dos alunos do Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) Leonor Motta Zuppi, de Barão Geraldo, se tornarem embaixadores do meio ambiente é grande. Isso porque, até mesmo envolvendo os bebês, a unidade criou um projeto de educação ambiental que mostra a importância do reaproveitamento de materiais, da reciclagem, do plantio orgânico e do descarte correto de poluentes.

O garoto de 3 anos até tem nome que lembra equilíbrio com o meio ambiente: Eduardo Zen é uma das 120 crianças que frequentam a creche diariamente. Na grade curricular, com o mesmo peso das outras práticas, há um espaço determinado, todas as semanas, para atividades no jardim e na horta da escola. Ele adora regar as plantas. Pelo sorriso que

estampa no rosto, o exercício tem, para ele, a mesma graça de usar o balanço ou o escorregador da escola. Incentivado pelo jardineiro Sebastião Martins Vital, ele também faz questão de ajudar na preparação do solo.

A ideia do projeto de sustentabilidade aplicado na unidade surgiu a partir do programa Horta nas Escolas, da subprefeitura do distrito de Barão Geraldo, que disponibiliza o profissional para o plantio e a manutenção de canteiros que produzem parte das verduras e dos legumes utilizados nas refeições das crianças. “A cada ano, nós vamos adaptando e incluindo novas atividades”, diz a professora Alessandra Quaresma Prado Gonçalves, umas das responsáveis pelo projeto na escola. Eduardo e os colegas saem para a aula de meio ambiente animados. Seo Sebastião já dá a dica. “Vamos fazer o papá das plantas”, diz, se referindo à compostagem. Todos os restos de comida são armazenados em grandes tambores todos os dias após as refeições. As próprias crianças já sabem que a comida que sobrar no prato deve ser colocada num balde especialmente dedicado a isso. Depois, tudo é misturado com a terra e a grama cortada, além de folhas e gravetos, coletados pelo jardim. Nessa hora, as crianças já sabem o que têm de fazer: vão ao monte e cada um enche a mão com um pouco de cisco, traz, joga sobre os restos de frutas e legumes. Seo Sebastião, em seguida, mistura tudo, com a ajuda de uma enxada, ensinando que, depois de cerca de dois meses, a mistura pode servir de adubo para os canteiros. “A planta também precisa de comida para crescer, como nós”, diz Eduardo. Ivan Reiter também tem 3 anos e gosta de encher o regador para regar as mudas de alface e couve que ele e os colegas plantaram. “Cuidar do meio ambiente é cuidar do mundo da gente”, explica. Os pequenos ambientalistas da escola também já tiveram aulas sobre equilíbrio ecológico, que mostrou que todos os seres vivos têm a sua importância

para o meio ambiente e que há formas menos poluentes e mais saudáveis para acabar com as pragas que podem aparecer nos plantios, sem usar veneno. Um exemplo disso está numa antiga jabuticabeira plantada na escola e que já se tornou símbolo de preservação. No período em que os frutos começam a se formar é feita uma pulverização à base de água e folhas de fumo. “É a natureza resolvendo os seus próprios problemas”, ensina Seo Sebastião.
Reciclagem
A reciclagem é outro ponto enfatizado no trabalho da escola. O espantalho criado para a horta foi confeccionado com garrafas pet, palha e cabos de vassoura quebrados. Além disso, entre as atividades das crianças, está também a hora da brincadeira e todos são estimulados a criar opções de brinquedos a partir da reutilização de plásticos e papéis. Um pote de sorvete, por exemplo, puxado com um barbante e decorado com canetas coloridas vira facilmente um caminhão. Aí é só colocá-lo sob o comando dos garotos que eles mesmos recolhem as folhas e a grama seca pela escola para levar à área de preparação da compostagem. Nas salas de aula, o trabalho com meio ambiente continua com o uso de jornais: todos os dias, os professores desenvolvem a interpretação de imagens sobre meio ambiente com as crianças. Boa parte acaba virando cartazes.
Resultados
Alessandra percebe no comportamento das crianças e nos comentários dos pais os resultados do projeto. De acordo com ela, é raro uma criança jogar qualquer coisa que deveria ir para o lixo no chão ou então misturarpapel com plástico ou vidro na hora do descarte. Como no almoço são servidos, no mínimo, uma verdura e um legume, sempre que possívelcolhidos na própria horta, os pais relatam que os hábitos alimentares das crianças também melhoraram em casa. “Eles ficam ansiosos para ver que, por exemplo, a cenoura ou a couve que eles plantaram e viram crescer virou alimento. Essa é a forma de ensiná-los a preservar, ter hábitos sustentáveis e saudáveis”, explica a professora.
Quatro escolas participam do programa no distrito
O programa Horta nas Escolas, da subprefeitura de Barão Geraldo, é uma parceria com as Centrais de Abastecimento de Campinas (Ceasa), que cede mudas e sementes para o plantio, além de contribuir com informações prestadas por um engenheiro agrônomo. No momento,
quatro escolas do distrito participam do projeto. Além do Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) Leonor Motta Zuppi, há atividades semelhantes na Escola Estadual José Pedro de Oliveira, e nos colégios municipais Cristiano Ozório e Agostinho Pattaro. O jardineiro Sebastião
Martins Vital fica dedicado ao serviço das unidades participantes. (FO/AAN)
SAIBA MAIS
O Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) Leonor Motta Zuppi criou um blog para divulgar suas atividades e falar de sustentatibilidade:

www.cemeileonor.blogspot.com.

Cemei amplia atividades para pais e moradores
Satisfeitos com os resultados do projeto de sustentabilidade desenvolvido com as crianças desde 2007, a partir deste ano, o Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) Leonor Motta Zoppi, em Barão Geraldo, expandiu suas atividades para envolver e incentivar também atitudes
sustentáveis dos pais e dos moradores da região. Logo na entrada da escola, foram instalados latões para a coleta de materiais recicláveis, além de uma lata para o descarte de óleo de cozinha já utilizado que, em vez de ir para o ralo, é enviado a uma cooperativa. Também na entrada está um ponto de coleta de pilhas e baterias. A escola também desenvolve o projeto Escola Aberta em que os pais são convidados a ir até a unidade e conhecer as atividades. Num desses encontros, já foram distribuídas mudas e, em outro, pais e filhos fizeram juntos plantios no jardim e na horta. O próximo desses encontros será no dia 2 de setembro. (FO/AAN)

Educação ambiental é brincadeira em escola

Educação ambiental é brincadeira em escola





Reportagem do Jornal Correio Popular de Campinas em 26 de agosto de 2010.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Congresso Internacional de Pedagogia dos Sentidos

Ziraldo encerra Congresso e reafirma importância da leitura


Com o tema “Literatura, imaginário e sentidos”, apresentado pelo renomado escritor, criador do famoso menino maluquinho, e ganhador de vários prêmios, Ziraldo Alves Pinto, Especialista em assuntos gerais, como se autodefine, Ziraldo falou para uma plateia lotada no auditório do Centro de Convivência Carlos Gomes sobre suas experiências educacionais ao longo de 30 anos de trabalho pelo Brasil.


De todos os assuntos, acho que o que entendo mais é sobre educação. Estou há 30 anos, desde a criação do menino maluquinho, nessa batalha e conheço bem as escolas públicas brasileiras. Tenho idéias que sempre quero e gosto de refletir com os professores, inclusive sobre os deveres do estado brasileiro com a educação.

O livro é o objeto mais perfeito que o homem inventou”, lançou Ziraldo, que afirma não ser um educador nem especialista, mas sim um especulador. Com bom humor e descontração, ele arrancou aplausos dos presentes com ideias simples e contundentes. “É importante inserir a criança na literatura, porque o adulto só vai ler bem se ele leu quando era criança e assim, vai ser uma pessoa melhor e a vida fica mais leve no futuro”, disse.

Ao fim da conferência, Ziraldo fechou sua fala com sua frase mais famosa: “estudar é importante, mas ler é mais importante ainda”.




quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Congresso Internacional de Pedagogia dos Sentidos

Conferência discute reconhecimento de diferenças na educação

Alessandro Azevedo
 Qual o verdadeiro papel do educador?”. Foi com esta indagação que Regina de Fátima Migliori iniciou a sexta conferência “Dimensões Humanas e Neurociências: a educação do ser humano integral”, nesta terça-feira, dia 17 de agosto, dentro do Congresso Internacional de Pedagogia dos Sentidos, promovido pela Secretaria Municipal de Educação, no Centro de Convivência Cultural Carlos Gomes, em Campinas.

Educadora, advogada, pesquisadora em neurociências e doutoranda em Epistemologia e História da Ciência na Universidad Nacional Tres de Febrero de Buenos Aires; escritora e pioneira no Brasil na criação de Programa de Educação e Gestão centrados em Ética, Cultura de Paz e Sustentabilidade, Regina discute a crise no sistema educacional, que segundo a escritora, está diretamente ligada à acessibilidade de todos ao conhecimento, que não se relaciona apenas às questões escolares, mas sim, à diversidade humana.

Faço parte de uma geração que, há 30 anos, quando comecei meus estudos nesta área, era chamada de doida por pesquisar e trabalhar com aspectos relacionados ao ser humano. Mergulhar na natureza humana é o segredo para a construção do bem comum”, afirma.

Para a educadora, o professor não é apenas responsável por transmitir conteúdo, ele deve ter consciência que é um formador do ser humano, ou seja, o educador faz parte de um momento importante conhecido como “processo de autorealização”, que é quando a criança desenvolve suas necessidades iniciais e é amparada pelo educador que é responsável por criar o entendimento do mundo nos primeiros anos de vida do indivíduo, através do entendimento da necessidade da tolerância com o próximo.

Um momento importante do debate foi quando Regina criticou a atual fragmentação da sociedade, que para ela, a longo prazo trará um grande problema aos indivíduos, que estão cada vez mais segmentados. “A sociedade hoje é dividida pela área que estuda, pela cor da pele, pelaclasse social. Inúmeros fatores que causam uma crise de valores que cabe ao educador desmistificar como forma de contribuir para a evolução do conhecimento sobre a vida”.

Congresso Internacional de Pedagogia dos Sentidos

Psicanalista e educadora trata da construção da prática educacional

Como construir em conjunto com a criança a prática educacional. Este foi o tema apresentado pela conferencista Maria Eugênia Camolesi Nabuco na palestra com o tema “Reinventar a prática”, no terceiro dia do Congresso Internacional da Pedagogia dos Sentidos, no Centro de Convivência Cultural Carlos Gomes, na manhã desta terça-feira, dia 17 de agosto.

Psicanalista, professora doutora da Université René Descartes, autora de livros e artigos sobre o assunto, além de ter sido conferencista no Encontros Internacionais sobre Educação Inclusiva e Colóquios sobre os Problemas Sociais da Contemporaneidade-desafio da interdisplinariedade.

Maria Eugênia falou sobre o risco de se perder a criança como sujeito, uma vez aplicado um método errado. De acordo com ela, a individualidade deve ser respeitada, “cada sujeito tem uma identidade que lhe é própria e isso dita as práticas educacionais, tanto da parte do professor quanto do aluno. É preciso se pensar numa prática linear construída através da observação do comportamento” explicou a psicanalista.

Uma questão importante para o debate é que muitos educadores se sentem despreparados para fazer a inclusão, como a discussão sobre a formação do professor para crianças com deficiência. “Eles (os professores) costumam dizer que não estão preparados para fazer a inclusão, não sabem como receber a criança. Essa preocupação também existe na França. É preciso construir novas práticas” afirma.

Para ela, o processo de transmissão do conhecimento precisa partir  de uma relação de interesse, de com troca com a criança. Para ilustrar, a psicanalista trouxe vídeos e fotos do centro (um ateliê) onde desenvolve um trabalho na França tendo a pintura como produção cultural e sentido para o encontro e a socialização.

O anonimato do desejo foi outro tema abordado pela conferencista. A explicação para o termo seria como uma “profissionalização do relacionamento”, quando as relações tornam-se mecânicas e vazias. Isso acontece também nas escolas “As instituições podem ser devastadoras para o ser humano. É preciso pensar como construir uma prática a partir do relacionamento” pondera.
Janaína do Amaral

Congresso Internacional de Pedagogia dos Sentidos

Universo na visão dos mitos é tema de palestra no Congresso de Pedagogia
Pensando o Universo nos mitos e também visto pela Ciência como mais uma ferramenta para levar conhecimentos e ensinamentos para as crianças, o professor Walmir Thomazi Cardoso, comandou a última conferência do segundo dia do Congresso Internacional de Pedagogia dos Sentidos nesta segunda-feira, dia 16 de agosto, no Centro de Convivência Cultural Carlos Gomes.

A Visão do Ser e do Cosmos: Contribuições para a Educação Infantil foi o tema abordado pelo professor do Departamento de Física da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, mestre em História das Ciências e doutor em Educação Matemática pela PUC-SP, que instigou os espectadores presentes com as possibilidades que o céu pode proporcionar a professores e alunos.

O céu é como um quadro negro, onde os professores podem dar aulas, onde podemos enxergar um mundo de possibilidades, os ciclos da natureza, o calendário, a vida cotidiana. Pela contemplação, podemos enxergar a mesma coisa com outros olhos”, afirmou Walmir, que contou várias histórias de mitos da astronomia, que segundo ele, devem ser compartilhadas com os alunos para despertar a criatividade e instigar a imaginação das crianças. “Podemos ir para qualquer lugar, que as crianças vão junto”, disse, sempre com humor acompanhado de melodias entoadas por ele.

Em um segundo momento, o professor falou sobre o universo visto e narrado pela Ciência, que, segundo ele, oferece outras possibilidades a professores e alunos. “As crianças são curiosas e perguntas sobre o começo e o fim podem ser respondidas pela ótica do universo, porque nós também somos parte de estrelas e essa é uma maneira das pessoas terem a dimensão do que são”, explicou.


segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Congresso Internacional de Pedagogia dos Sentidos

 Dia 16/08/2010

A conferência “Petit enfance. Politiques éducatives et pratiques pédagogiques” - “Crianças, Infâncias e Culturas”, com o professor doutor emérito da 'Université Paris Descartes' – Faculdade de Ciências Humanas e Sociais de Sorbonne, Eric Plaisance.


A conferência ressaltou os desafios internacionais da educação junto à pequena infância. Segundo Plaisance entende-se como pequena infância, a faixa etária de 0 a 6 ou 7 anos, período ligado à obrigação escolar. “A pequena infância é uma construção cultural variável, no tempo e na cultura, que classifica o desenvolvimento humano. O desenvolvimento é cultural”, explica.

O professor expôs a situação educacional da França, voltada à pequena infância, onde 100% das crianças de 3 a 5 anos frequentam o maternal. O país, que tem uma taxa de fecundidade de duas crianças por mulher, também sofre com a falta de vagas nas creches. Com 80% das mulheres entre 25 e 49 anos trabalhando, as crianças são colocadas nas creches, o que gera o déficit.

Para o Plaisance, fazer economia na educação é um absurdo. “Para cada 12 crianças, entre elas, crianças com alto grau de dificuldade de aprendizagem, deveriam existir dois profissionais dedicados”, defende o professor. “A educação inclusiva é resultado de um trabalho em equipe”, completa.



Congresso Internacional de Pedagogia dos Sentidos

Dia 15/08/2010
O Congresso, leva a discussão a pedagogia dos sentidos para todo o Brasil. Porque o resgate da educação brasileira deve começar pelo primeiro degrau, que é a educação infantil. Em Campinas, se comemora em 2010, 70 anos de historia da educação infantil, que está diretamente ligada ao desenvolvimento da educação brasileira.
O secretário municipal de Educação, José Tadeu Jorge, ressaltou que o Congresso pretende colocar a pedagogia dos sentidos como referência de um processo educacional que transmite a formação e o caráter do cidadão. “O Congresso também é um espaço de disseminação do conhecimento, estabelecendo discussões teóricas, conceituais, mas também práticas que sirvam de referência para a busca constante de melhoria da educação infantil”, disse o secretário, lembrando que o Congresso é multi, inter e transdisciplinar, com a participação de acadêmicos de várias áreas com contribuições diversas para a educação infantil.

A educadora Maristela Angotti, comandou a primeira conferência do Congresso e abordou o tema: “Educação infantil: para que, para quem e por quê? Novas concepções”.  Maristela falou sobre as possibilidades que a educação infantil pode oferecer como qualidade de vida para a criança e na recuperação dos laços que a educação e a sociedade podem ter.

Para a educadora, é preciso trabalhar a sustentabilidade da vida humana, e a educação tem papel fundamental para entender o ser humano por inteiro, sendo os educadores os responsáveis pela produção de vida, politica, história e cultura. Maristela também ressaltou que as praticas dentro das unidades educacionais devem ser criativas para trazer ludicidade para as crianças, “pois brincar é importante para a infância. Devemos ser mais conscientes e consistentes em nossas ações”, reafirmou.

É preciso recolocar a educação infantil dentro do cenário sócio, político, econômico e pedagógico brasileiro. A educação infantil ganha status com a LDB 9394/96 e com a Constituição, e é uma etapa de direito da mãe e da criança ter um desenvolvimento integral. É preciso pensar o processo de educação infantil que entenda a criança por inteiro, desde os 6 meses de idade”, afirmou Maristela Angotti.


A educadora é pós-doutora em Educação pela Universidade de Santiago de Compostela; doutora e mestre em Educação pela Universidade Federal de São Carlos e graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Atua como professora assistente do curso de Pedagogia da Unesp em Araraquara e é coordenadora do curso de especialização na docência da educação infantil.
Maristela é líder do grupo de pesquisa “Educação infantil: aprendizagem e desenvolvimento profissional em contextos integrados”. Também é pesquisadora do grupo “Contextos integrados em educação infantil”, na USP, e integrante da “Rede de pesquisadores da qualidade em educação infantil”. É autora e coautora de diversos livros na temática educação infantil, e membro do Fórum Paulista de Educação Infantil e integrante do Banco de Avaliadores do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior.
 Ingrid Vogl (Notícias no site da PMC)

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Brincar com a areia





Se não tem espaço para ter uma caixa de areia gigante, esta caixinha pequenina também serve para fazer desenhos, desenhar algarismos e letras. As crianças adoram!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Expressão...

A criança e o desenho

      Por meio do desenho, a criança cria e recria individualmente formas expressivas, integrando percepção, imaginação, reflexão e sensibilidade, que podem então possam então ser apropriadas pelas leituras simbólicas de outras crianças e adultos. O desenho como possibilidade de brincar, o desenho como possibilidade de falar de registrar, marca o desenvolvimento da infância, porém em cada estágio, o desenho assume um caráter próprio. Estes estágios definem maneiras de desenhar que são bastante similares em todas as crianças, apesar das diferenças individuais de temperamento e sensibilidade. Esta maneira de desenhar própria de cada idade varia, inclusive, muito pouco de cultura para cultura.
          De 4 a 5 anos é uma fase de temas clássicos do desenho infantil, como paisagens, casinhas, flores, super-heróis, veículos e animais, varia no uso das cores, buscando certo realismo. Suas figuras humanas já dispõem de novos detalhes, como cabelos, pés e mãos, e a distribuição dos desenhos no papel obedece a certa lógica, do tipo céu no alto da folha.
Alessandra Quaresma

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O Brincar, o brinquedo e a aprendizagem

  A brincadeira (o lúdico) enriquece o processo de aprendizagem. É importante a construção do conhecimento a partir do jogo, da imaginação, do conhecimento do corpo.
         Brincar é vital, primordial e essencial, pois, esta é a maneira que o sujeito humano, na saúde, utiliza para se estruturar como sujeito da emoção, da razão e da relação.
   O brincar e o brinquedo priorizam o desenvolvimento cognitivo.
               Com isso o brincar da criança me permite diagnosticar o estágio de desenvolvimento, os desejos e as necessidades a que se encontra.
              O uso intenso dos diferentes espaços da unidade vai contribuir para ampliar as relações entre pensamento e linguagem das crianças.
              O movimento ajuda a criança a construir conhecimento do mundo que a rodeia, pois é através das sensações e percepções que ela interage com a natureza. É através de sua ação no meio ambiente que a criança pode formular os primeiros conceitos lógicos matemáticos, pois o sentido de tempo e espaço é construído primeiramente no corpo, corpo este que media a aprendizagem. Assim, brincando com seu corpo a criança vai construindo diferentes noções.
               É enorme a influência do brinquedo no desenvolvimento de uma criança.
               É no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva, ao invés de numa esfera visual externa, dependendo das motivações e tendências internas, e não dos incentivos fornecidos pelos objetos externos.
              O conhecimento é construído quando se faz do conhecimento do outro o seu próprio conhecimento. Assim ao brincar pode-se construir simbolicamente e metaforicamente o mundo. É importante destacar que enquanto a criança brinca ela lida com a sua sexualidade, com seus impulsos agressivos, organiza suas relações emocionais e amplia sua linguagem.
Alessandra Quaresma

quinta-feira, 22 de julho de 2010

CURRÍCULO


Segundo a Proposta Curricular da Educação Infantil/2009 da SME de Campinas:                    
 A Educação Infantil se dá em diversos espaços que se transformam e dinamizam, nas relações entre diversos sujeitos - crianças, profissionais, familiares, tendo em vista ampliar suas possibilidades, e ainda, o desenvolvimento de trabalho por “projetos” contribui de forma profícua com a qualidade da Educação Infantil. 
                          Os projetos com crianças pequenas envolvem incalculáveis possibilidades, desde sorriso, aceno, até sombra, barranco, chave, rio, tesouro, cágado, filhote, inseto, fruta, caixa, elementos da natureza, diferentes culturas. Podem durar alguns minutos, algumas horas, alguns dias, alguns meses, ano inteiro.   Cabe uma escuta, um olhar atento para se saber o que é tematizado para o projeto e também quando não há como avançar. É importante ainda salientar que cada projeto sempre se consubstancia em um produto, o qual nunca é mais importante que o processo. 
                       Com essa abordagem pretende-se referendar uma concepção de educação infantil que não seja focada em “brincar por brincar” e nem tampouco em uma “escolarização precoce”. Assim, elabora-se uma proposta educacional para a Educação Infantil que aponta a todos os educadores a oportunidade de se compreenderem em seu desenvolvimento profissional, de atuarem com intencionalidade numa prática pedagógica que favorece e compreende o brincar, da mesma forma que compreende e favorece práticas educativas organizadas com crianças que se constituem nas múltiplas linguagens, no mundo letrado, na cultura humana.
                          Não se considera que a criança possa ser dividida, compartimentalizada, assim quem cuida educa e quem educa cuida, em processos não dicotômicos na constituição do trabalho educativo com crianças.
                                  A Educação Infantil, deve se dá então em diversos espaços que se transformam e dinamizam, nas relações entre diversos sujeitos - crianças, profissionais, familiares, tendo em vista ampliar suas possibilidades, e ainda, contribuir no desenvolvimento de forma profícua  na qualidade da Educação Infantil. 

Aguardem mais tópicos em Currículo em próximos posts...

sexta-feira, 16 de julho de 2010

ATIVIDADES PARA CRIANÇAS PEQUENINAS...

É IMPORTANTE EXPLORAR MUITO BEM TODOS OS ESPAÇOS, ESGOTANDO POSSIBILIDADES DE ATIVIDADES, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS.
A INTENÇÃO É USAR MAIS ÁREAS EXTERNAS E MENOS A SALA.
• ESCONDE-ESCONDE: com tecidos, cabaninhas, janelas das casinhas, objetos que podem ser escondidos, mesa (encima/em baixo).
• CAIXA DE TECIDOS: brincando com pedaços de tecidos variados e coloridos, que podem ser levados para os espaços e brincar de boneca (enrolando), amarrando na cintura, na cabeça, venda nos olhos, inventando fantasias.
• INTEGRAÇÃO ENTRE AGRUPAMENTOS: oportunizar em algum momento da semana a integração entre crianças pequenas e maiores, em espaço adequado para brincar de roda , cantar, contar histórias com fantoches...
• AREIA: TEMOS 3 MONITORES COM AS CRIANÇAS PARA SENTAR NA AREIA (UM EM CADA CANTO), TIRAR O SAPATO, PEGAR O BRINQUEDO E OPORTUNIZAR 3 BRINCADEIRAS DIFERENTES NO MESMO MOMENTO. Panelinha, sucata, bolinha de sabão, sucata, chocalho de garrafinha, bolas. Fazer riozinho de água, garagem de carrinho, castelo de areia, bolo de aniversário, cabaninhas, pazinha e potinho com garrafinha pet, caixinhas de leite...
• TARTARUGAS DE TANQUINHOS que pode ser colocado dentro: brinquedos de encaixe, bolinhas pequenas, carrinhos, água com objetos flutuantes ou não, pó de fubá ou farinha, sagu, macarrão (cru), pipoca...
 BOLINHA DE SABÃO: (ÁGUA, DETERGENTE E AÇUCAR) com aros grandes para as crianças manusearem em bacias ou nas tartarugas do galpão.
• CAIXA COM CARRINHOS: amarrados com barbantes nas pontas para as crianças puxarem. É importante brincar com o imaginário, podemos puxar garrafas ou outros objetos e imaginar o faz de conta de carrinho, cachorro, gatinho..., criar carrinhos com pet. Brinquedos simples permite viagem, imaginação.
• GIZ DE LOUSA: fazer desenhos grandes no chão, percurso de carrinhos, formas geométricas, circuitos com obstáculos para a criança passar; desenhos na lousa do galpão...
• CAIXAS GRANDES DE PAPELÃO: para a criança entrar, olhar por buraquinhos, imaginar que está num carro, num barco...
• BONECAS: ninar, dar comidinha, brincar de roda, sentar, andar segurando o bracinho, trocar a roupinha, beijar, abraçar...
• MODELAGEM: com massinha caseira, argila, gesso (bolinha, minhoquinha, bichinho...).
• CASINHA : é possível articular outras atividades, uma monitora se vestir de um personagem infantil, colocar uma máscara, para brincar junto. Fazer comidinha de verdade com os utensílios da cozinha- copinhos com suco (limão, maracujá...); panelinhas e pratinhos com pipoca, macarrão, sagu ou milho cozido, frutinhas do pomar, saladinha da horta...
• DEDOCHES: pintar os dedos com carinhas (adultos e crianças) e fantoches prontos para encenar histórias, musiquinhas, conversas, regras...
• RODA CANTADA: com corpo e movimentos, gestos, caretas, sons, sempre variando o modo de estar sentado ou em pé, dramatizar ( crianças são sementes dormindo).
• GIZÃO DE CERA: desenhos livres em superfícies grandes, em diferentes texturas (áspero, liso, mole, duro...).
• VARAL DE SONS: objetos diferentes pendurados num varal que as crianças alcancem e que produzem sons diferentes (agudos ou graves, altos ou baixos), guizos, acrílicos, madeiras, metais, plásticos... É possível encher garrafas com água colorida e diferentes quantidades XILOFONE.
• BANDINHA: podemos brincar e usar um instrumento de cada vez percebendo o som de cada um e depois juntos acompanhando musiquinhas. Expor às crianças instrumentos rítmicos (chocalhos com pet, duas caixas juntas).
 PINTURA: com tinta caseira, com mãos e/ou pés, diferentes pincéis, brochas, escovas, espumas, buchas, vassoura velha, carimbos de legumes e também pode ser feito na parede azul do parque, pois é lavável; em papéis grandes (de rolo) abertos no chão.
• BOLA: jogar para o outro, para o alto, bater, rolar, esconder, boliche, de diferentes tamanhos (de meias, de papel, isopor...) e texturas...
• BAMBOLÊ: girar, passar dentro, pisar dentro, fora e em cima, entrelaçar nas crianças no trem...
• TÚNEL DE TECIDO: onde as crianças passam por dentro e podemos fazer a brincadeira – Passa Passa Cavaleiro, A história da serpente...
• ÁGUA: brincar na água com objetos que permitem.
• CORDA: andar encima, passar por cima e por baixo, sentir sua textura, pular, passear segurando a corda imitando uma cobra ou um trem.
• IMAGENS: figuras grandes coladas em papelão e plastificadas, usadas para desenvolver a linguagem nomeando, contando história, relacionando com objetos, teatro de sombras...
• RECORTE A DEDO: rasgando revistas para desenvolver a coordenação motora fina – habilidade...
• LIVROS DE HISTÓRIAS: contar a historinha, mostrar os personagens, os objetos, as cores, os animais, fantoches, relacionar com musiquinhas, parlendas ou versinhos...
• CAVALOS MARINHOS: balançar, trotar, cantar...
• TELEFONES DE BRINQUEDOS...
• DANÇAR...
• IMITAR SONS DE OBJETOS...
• REVISTAS PARA OLHAR...
 ÍMÃS DE GELADEIRA: que podemos brincar e contar histórias no armário de aço, teatrinho...
• PRENDEDORES DE ROUPA: jogue numa lata e depois prenda com as crianças na sua borda.
• ENTRAR E SAIR DE ESPAÇOS DIVERSOS: lembrar dos materiais e espaços que educam.
• OBSTÁCULOS: fazer diversos planos para objetos rolar, pular, caixas vazias para brincar de carrinhos e outras caixas temáticas.
• SUCATA: embalagens com tampas de roscas. Cordão com pet amarrada e com diferentes objetos dentro.
• AQUÁRIO: pet cheia de água...
• BRINQUEDOS:para martelar e empilhar, com guizo dentro, flutuantes, blocos ilustrados,fios com contas, trapézios para berço, pra puxar e empurrar, pequenos e desmontáveis, copos ou caixas que se encaixam umas nas outras, blocos e argolas de empilhar, musicais...
• LIVROS: de rimas, estribilhos e ilustrações.
• BLOCOS LÓGICOS: montar prédios, circuitos, cidadezinhas...
• BICHOS PLÁSTICOS: montar um cenário de fazendinha, imitar os sons dos animais, cantar músicas de animais...
• QUEBRA-CABEÇA SIMPLES:( + de 18 meses)
TODOS TEMOS QUE TER ACESSO, CRIATIVIDADE, INICIATIVA, AGILIDADE E DISPONIBILIDADE PARA USARMOS E ABUSARMOS DOS BRINQUEDOS E ESPAÇOS DA UNIDADE.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

BRINCAR É COISA SÉRIA!

Aprender a “ler o mundo”, é uma maneira que torna a criança mais interessada e conseqüentemente, mais permeável à aprendizagem da leitura e da escrita.

Na pré-escola, no dia a dia da sala de aula a alfabetização é um processo completo e complexo onde antes mesmo disso tudo a criança, curiosa, começa a explorar o mundo ao seu redor e é estimulada para isso assumindo sua identidade como ser no mundo, passando a integrar-se de forma satisfatória com ele, conhecendo-se e conhecendo os outros sujeitos, assim como ao ambiente, de forma a garantir uma convivência harmônica e produtiva.

E para que Ler, não se resuma a exercícios programados com objetivo único de garantir o domínio da técnica da leitura da palavra, e o Escrever, não seja só dominar a gramática, o Brincar é de suma importância na vida da criança, sendo que com brincadeiras e jogos há um desenvolvimento cognitivo e sensório-motor; com isso texto e contexto têm significativamente relação e a criança compreende satisfatoriamente o conhecimento ao qual o texto se refere, tendo domínio do que escreve (texto) e do que lê (contexto).

Sendo que para essa relação, a alfabetização tem de ser de forma interdisciplinar, para que não aconteça da criança escrever sobre “nada” e ler textos sem sentido.

É interrogando, duvidando, questionando, discutindo e avaliando seu mundo que a criança aprende a conhecê-lo. E não o faz sozinho, mas numa interação constante com os colegas, a professora e a família, envolvidos nesse processo de crescimento e transformação. É brincando que se inicia a construção de todos os conhecimentos.

Investir no lúdico é uma forma de interessar e envolver a criança no processo ensino/aprendizagem. Ela está aberta para receber. Brincadeiras são estímulos que ajudam o aperfeiçoamento das ligações neurais das regiões sensoriais do cérebro.

Até os dois anos há um processo de compreensão “intelectual” das frases, onde a criança começa a trabalhar os sentidos das palavras, a verbalizar raciocínios. Quanto mais vocábulos a criança ouve, mais rica será sua expressividade lingüística na fase adulta.

Até os cinco anos as crianças desenvolvem a percepção de formas, ou seja, a linguagem entra em rede com a habilidade motora. A linguagem organiza as ações que passam a ser intencionais. Também nessa fase iniciam os jogos simbólicos.

Ex: Quando um menino se veste de Batman, ele é o próprio Batman.

A partir dos cinco ou seis anos é o momento do desenvolvimento, em que o cérebro da criança começa a se especializar. Lateralidade e direcionalidade.É o momento de orientar o corpo no espaço.

Para Gisela Wajskop (1995), Brincar é um exercício espontâneo, a interferência do adulto deve ser mínima.

Brincando, a criança aprende a lidar com o mundo e forma sua personalidade. Recria situações do cotidiano e experimenta sentimentos básicos, como o amor e o medo. Exercitam o faz-de-conta, que é fundamental para o ser humano.

Até mesmo na quinta-série, os alunos deveriam ter tempo e espaço para brincar. Como hoje quase não se brinca na rua, a escola tem o dever de preservar esse direito da infância.

É importante que a criança brinque de forma espontânea e autônoma, onde as coisas deixam de ter sua função real e se transformam (Faz-de-conta). O professor não deve interferir em três aspectos: o tema, o papel que o aluno representa e a linguagem que ele usa para expressar sua fantasia. O controle do adulto precisa ser mínimo. Ele deve apenas criar condições para que as crianças brinquem.

Para que haja futuramente uma boa aprendizagem na leitura e escrita é importante também o uso do jogo didático, que é uma brincadeira simulada pelo professor, onde há regras e seduz a criança para a atividade ao qual se quer ensinar um conteúdo.

A partir do Brincar, é estimulado a criatividade e o hábito da leitura. Liberdade é idéia básica para que se tenha sucesso na aprendizagem.

Enquanto brincam, as crianças se expressam livremente e tornam estáveis os diferentes saberes, atitudes, conceitos, comportamentos, características e particularidades do acervo sócio-afetivo e cultural com o qual se defrontam diariamente, seja de forma sistematizada ou ocasional.

Alessandra Quaresma